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O paradoxo da inspiração
Outro dia, me deparei com uma frase que não saiu da minha cabeça.
"Aquilo que nos inspira para o nosso maior bem, também é a causa do nosso maior mal."
De imediato, senti um misto de concordância e inquietação. Quantas vezes na vida já vivi exatamente isso?
Pensei nas coisas que mais me movem: amor, ambição, paixão por criar algo significativo. Todas essas forças já trouxeram momentos de pura alegria e realização, mas, em outros momentos, também me levaram ao desgaste, à dúvida e até ao sofrimento. Não é curioso como a mesma chama que aquece pode queimar?
Lembro-me de quando decidi investir em um projeto que significava tudo para mim. Eu estava cheia de energia, determinada a fazer dar certo, e por um tempo, aquela motivação foi minha maior força. Mas, aos poucos, o que era paixão virou obsessão. Eu me exigi demais, ignorei meus limites, e o que deveria ser meu maior bem quase se tornou minha ruína.
Essa frase me fez perceber que não é a inspiração em si o problema, mas o desequilíbrio que às vezes permitimos que ela cause. Não há como negar que o amor nos transforma, que nossos sonhos nos impulsionam, mas eles também podem nos consumir se não soubermos como lidar com a intensidade que carregam.
Então, como encontrar equilíbrio? Para mim, a resposta está em estar consciente de como essas forças atuam em nossa vida. Reconhecer os sinais de que algo está indo longe demais. Abraçar o que nos inspira, mas com a sabedoria de saber quando dar um passo atrás. Afinal, o que realmente importa não é apenas o que nos inspira, mas como escolhemos transformar essa inspiração em ação.
Devaneios da madrugada.
Posted 11/18/2024, 7:00 AM