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Ano 145 | Quando as diferenças viram "Singularidade"

Desde pequenos, eu e meus amigos, sonhávamos em ter uma banda. Nisso sempre concordamos e sonhamos juntos, o único impasse e desavença veio com a decisão de qual gênero musical seguir.

Como eu sempre estudei violino, escuto bastante músicas clássicas (claro que também as mais atuais nas rádios e streaming), então minha vontade pendeu para esse lado.

Jae bateu o pé, queria algo dançante, já que sempre amou dançar. Quando brinquei falando que ele podia se especializar no balé, apesar da compreensão falando que achava uma dança linda e expressiva, vi a fúria no olhar dele, quase me matando em pensamento. Ele sempre quis seguir o Hip Hop.

Já com o Mark foi diferente. Eu sempre soube o que ele queria, afinal é meu irmão e sabia que já teríamos uma leve dor de cabeça na escolha. Apesar de nos darmos bem, somos opostos, o que eu queria a calmaria da Clássica, ele queria a agitação de solos de guitarra do Rock, mas aquele tipo de Rock com uma pitada de Rap pesado.

Para completar teve a cereja do bolo com a Yaya. Só porque ela ainda não está na banda, não quer dizer que a opinião dela não contasse.
Aya tem um grande arsenal de discos e escuta de tudo (tudo mesmo), achávamos que com ela não seria problema, ficaria do lado de alguém para somar maioria, mas na votação ela sugeriu o Pop.

Fizemos uma votação de sorteio em papel. Inútil. Ficamos anos discutindo e tentando entrar num acordo antes da criação da banda, até que caiu a ficha.
A música não tem barreiras.

Após tantas dúvidas nos encontramos num ponto em comum: o R&B.
Não pergunte como, mas nos encontramos.

Com a singularidade de cada um de nós, a Singularity nasceu e com ela uma grande esperança de que um dia nossas músicas, nossos sentimentos, nossas palavras sejam escutadas por muitas pessoas mundo afora.

Já temos um show teste marcado e data para o começo da primeira turnê.