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Ano 143 | Já faz tempo, mas a sentença é longa e ainda cumpro pena...

Eu e meus irmãos sempre tivemos o costume de passar na delegacia para visitar o papai quando ele está trabalhando e não em uma emergência, isso desde pequenos, então não foi uma surpresa tão grande para ele quando viu eu e Ava lá, sentadas nos bancos do hall da entrada como costumamos fazer. Ele sorriu como sempre fez ao nos ver lá.

E na mesma rapidez que o sorriso apareceu no rosto dele, a expressão fechou ao olhar para o policial do nosso lado, que apertava de leve o meu ombro, e com o olhar dizia a ele: "Precisamos conversar" com uma expressão séria. Ele entendeu na hora que o homem não estava lá apenas fazendo companhia para nós duas e sim que havia levado a gente até lá.

Sério, eu nunca vi o papai tão pálido. Se colocasse uma folha em branco do lado do rosto dele, a folha teria mais cor. Enquanto papai acompanhava o amigo de trabalho até uma sala para que ele explicasse o que aconteceu com nós duas durante nosso passeio no shopping, eu só conseguia pensar no que a mamãe falaria quando o papai contasse para ela.

Ava estava tão quieta, sua expressão era neutra, e quando ela me olhou lançou aquele olhar de "O que é? Pare de me encarar" e virou o rosto. Ela também estava nervosa, só não queria demonstrar.
A história do que aconteceu no shopping eu prometi pra ela que não falaria mais nada em voz alta, então não vou falar.

Já a mamãe, quando soube de tudo.. manteve a calma, e quando ela faz isso é que dá mais medo.

Meu "castigo": sem passeios no shopping (Ava inclusa, o que a deixou num humor terrível).
E estudar muito. Isso sim doeu no fundo do meu peito.

Mas, com um sorriso no rosto mostrarei o quanto estou me divertindo enquanto estudo. Viu, mamãe, está tudo bem!

Show spoiler

Mentira, estou morrendo de tédio.
Mensagem subliminar não tão subliminar assim:

Socorro! Alguém me tira daqui, estou sendo mantida refém dos estudos! *faz drama*