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Jean-Lucca, o filho secretamente desejado pelo pai

Nesta família diferentona, o maior e mais generoso coração pertence ao pai, Se pudesse, ele teria uma creche inteira de filhos para preencher a casa com risos e bagunças. Mas quando Berta, a mãe, havia decidido fechar a "fábrica" após três filhos, o pai, com saudades da agitação, tramou secretamente o nascimento de Jean-Lucca, deixando que fosse concebido “acidentalmente”. Foi Berta quem escolheu o nome, inspirada na profunda admiração que sente pelo marido.

Com um sorriso que iluminava qualquer ambiente, Jean-Lucca logo conquistou a família. No entanto, a caçula, Sapphira, se sentiu deslocada ao perder o posto. Em resposta, encontrou conforto no namorado, com quem formou uma banda, se casou e partiu pelo mundo.

Apesar disso, Jean-Lucca cresce em tempos de estabilidade financeira e emocional, desfrutando de uma criação mais tranquila. Berta, marcada por um passado de vícios, prostituição, crimes e ódio, encontrou redenção nos braços de seu melhor amigo, que se tornou seu único amor. A maternidade transformou sua vida, com a adoção dos gêmeos de Jean, de quem era madrinha, e o nascimento de Sapphira.

O pai, por sua vez, enfrenta uma sombra interior que se autodenomina Sett, uma personalidade obscura que já trouxe dores ao passado da família. Agora, ele se esforça para manter a harmonia entre as duas personalidades que habitam dentro de si e prover um ambiente mais tranquilo.

Os irmãos de Jean-Lucca carregam cicatrizes de um passado turbulento, envolvendo traumas como sequestro, a perda da mãe biológica e violência psicológica causada por Sett. Apesar disso, hoje dedicam amor e cuidado ao caçula.

Jean-Lucca é uma criança animada, curiosa e falante. Com um coração bondoso e olhos atentos, acompanha a família em turnês musicais pelo mundo.
Desde cedo, abraçou a vida nômade e artística, que é, até agora, a única que conhece.